quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Sobre esperança...

Estamos chegando ao final de mais um ano. Quantas vezes neste ano vimos a face do desespero humano. Quantas tragédias e absurdos testemunhamos causadas por pessoas que já não sabiam o que fazer com sua própria vida, por não esperar nada de si mesmo.
Desespero é ausência total de esperança. Uma pessoa desesperada não acredita que possa conseguir mais nada, não tem nada a perder, porque acredita não ter nada mais a conquistar e que nada que já possua possa lhe proporcionar algo valioso.

A falta de esperança é o maior mal que a humanidade enfrenta hoje.
É a falta de esperança nas pessoas de encontrarem alguém que possa fazer com que se sintam satisfeitas pelo resto da vida que leva o mundo a uma proliferação do vírus da AIDS. São jovens e adultos que buscam o prazer sexual sem responsabilidade e sem perspectiva de encontrar amor neste ato. São casais que não guardam a fidelidade, que traem até mesmo a pessoa que dorme ao lado todos os dias.

É da falta de esperança que nasce a depressão. Doença que está enraizada em todos os setores da sociedade, que não distingue ricos e pobres, jovens, velhos e até mesmo crianças.
Aqui devemos ater nossa reflexão um pouco mais. Quando vemos nossas crianças sofrendo por depressão, afirmamos que elas perderam a esperança e isso é muito sério. É na criança que está os grandes sonhos da vida, os desejos e anseios de um futuro mais belo. Onde estamos ensinando nossos pequeninos a depositarem sua esperança?
Aprendemos a depositar nossa esperança em uma empresa, em um cargo profissional, em lideres espirituais, em uma pessoa especifica, esperamos que tendo isto seremos satisfeitos e quando ocorre algum imprevisto, quando a empresa entra em falência, quando o líder espiritual é corrupto, quando a pessoa nos deixa, o mundo desaba. Colocamos toda nossa esperança em coisas incertas e exteriores a nós mesmos e transmitimos isso às crianças.

Quando criança, aprendi que DEUS está sempre olhando por mim e que, não importa como estejam as coisas, se eu trabalhar duro e tiver fé, vai melhorar. É preciso que o mundo reaprenda isto. A esperança deve ser depositada naquilo que não é passageiro, que não decepciona. Acreditar que ainda existem pessoas de coração puro, acreditar em mim mesmo e, sobretudo, acreditar na graça infinita de DEUS.
Mesmo que se percam tudo, se houver essa esperança é possível recomeçar. Acreditar que meu trabalho é importante, que sendo bom encontrarei pessoas boas e que DEUS me dará as graças necessárias para reconstruir minha vida.
Diz o ditado: “ a esperança é a última que morre”. Devemos ir ainda mais além, a esperança não deve morrer nunca em nosso coração, deve ser imortal. É preciso torná-la eterna e infinita e depositá-la em DEUS.

Colocar toda esperança em DEUS não significa ficar de braços cruzados esperando uma chuva de bênçãos e milagres, mas acreditar que o CRIADOR nos dará a sabedoria e a força necessária para fazer aquilo que é preciso.
Viver a esperança é experimentar a fé. É saber que o mundo começa a ficar melhor quando eu volto minha vida para DEUS, quando eu começo a transformar meu coração para que ele se assemelhe ao de CRISTO.

“A fé é o fundamento da esperança, é uma certeza a respeito do que não se vê.” (Hebreus 11,1)

terça-feira, 30 de setembro de 2008

Bíblia: luz para nossas decisões políticas


”Mas escolherás do meio do povo homens prudentes, tementes a Deus, íntegros, desinteressados, e os porás à frente do povo, como chefes de mil, chefes de cem, chefes de cinqüenta e chefes de dezenas.” (Ex 18, 21)

Vivemos um tempo de decisões que irão influenciar nossas vidas durante pelo menos os próximos quatro anos e, às vezes, por um tempo muito maior. É hora de exercermos o direito de escolhermos nossos governantes, de vivermos a democracia. Iremos às urnas para elegermos prefeitos e vereadores e é preciso que estejamos conscientes de nossas escolhas.
Surgem pessoas com as mais variadas intenções almejando os cargos de líderes públicos e, por isso, faz-se necessário que tomemos uma posição favorável a este ou aquele candidato conforme suas propostas e sua experiência de vida. É importante buscarmos informações sobre a conduta destas pessoas perante as diversas situações e políticas da nossa realidade.
A Bíblia Sagrada por várias vezes nos mostra exemplos de grandes líderes do povo, desde os patriarcas, passando pelos reis e profetas até culminar no modelo perfeito que é Jesus Cristo, Rei dos Reis. Cada um em sua época, vivendo diferentes realidades e preocupações, mas sempre voltados para o bem estar de seu povo e para a paz em sua nação.
Que possamos hoje acolher o conselho dado pelo próprio Deus a Moisés para nossa vida, pois esta ainda é a vontade do Pai, de que surjam líderes íntegros, prudentes, interessados no bem comum e na lei celeste do amor fraterno. Busquemos na oração e na Palavra de Deus a base para nossas escolhas, a luz para nossas decisões.
Peçamos ao Criador para que possamos ver através das máscaras que muitos políticos usam para esconder sua verdadeira face enganando as pessoas, para que possamos ouvir o que se oculta nos discursos mentirosos visando agradar e ludibriar o povo e para que possamos sentir e discernir aquilo que é verdade e aquilo que é falso.
Como cristãos, temos o dever de defendermos a vida e de escolhermos representantes que a protejam, que possuam o mesmo afeto que temos pelos valores morais e éticos contidos na Lei de Deus, repudiando aqueles que se mostram favoráveis àquilo que fere nossa conduta, como a pornografia, a corrupção, a ambição, a morte.
Não podemos nos conformar com este mundo de mentiras e de práticas abomináveis aos olhos santos do Pai Celeste.
“A autoridade política deve desenvolver-se dentro dos limites da ordem moral e garantir as condições para o exercício da liberdade.” (§1923 – CIC).
É hora de escolhermos nossos representantes, aqueles que deverão lutar pelos nossos direitos, pelo nosso bem, e precisamos fazer boas escolhas, sem nos iludirmos com as aparências mentirosas, mas buscando a verdadeira proposta de cada candidato, aquela que está em seu coração e que só pode ser vista quando enxergamos com olhos de cristãos, iluminados pela Palavra e pela Graça de Deus. E então não teremos motivos para nos arrependermos de nossas escolhas.

“Fácil é ouvir a música que toca.
Difícil é ouvir a sua consciência. Acenando o tempo todo, mostrando nossas escolhas erradas.” (Carlos Drumonnd de Andrade)


Emilsom Barbaresco de Sousa

(Texto cedido gentilmente pelo nosso colunista, à ele o agradecimento necessário)

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Bíblia: a vida guiada pelo Amor


"Como o Pai me ama, assim também eu vos amo. Perseverai no meu amor. Se guardades os meus mandamentos, sereis constantes no meu amor." (Jo 15, 9-10a)
"Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, como eu vos amo." (Jo 15,12)

As sagradas escrituras desde o Antigo ao Novo Testamento dão testemunho de Nosso Senhor Jesus Cristo, contam a história da Salvação do povo de Deus, da libertação, da vitória definitiva sobre o Mal.
Ainda no Antigo Testamento, quando os israelitas vacilavam na fé, mesmo depois de todas as maravilhas realizadas pelo Pai libertando-os dos grilhões do Egito, Moisés recebe os Divinos Mandamentos que deveriam guiar aquelas pessoas a uma vida centrada no amor, abandonando assim várias condutas pessoais que desagradavam ao Criador, como a violência, o adultério entre outras práticas que foram abominadas por Deus.
Depois, no Novo Testamento encontramos Jesus, Segunda Pessoa da Santíssima Trindade, Filho de Deus Pai, Deus Verdadeiro, que vem aprimorar a Lei dada a Moisés, não apenas falando como se deve viver o amor, mas experimentando-o até as últimas conseqüências pela humanidade. Ele mesmo dá o maior testemunho do Amor de Deus pelos homens, sofrendo o martírio da cruz para nossa redenção e ensina que esta é à medida que se deve amar.
As Sagradas Escrituras trazem até nós essa mensagem de Deus, que é Amor, e que nos ensina a amar. Pelo amor Cristo venceu a morte e, somente pela força do amor, sua Igreja venceu todas as dificuldades e perseguições, e perdurou ao longo dos séculos. Apenas pela vivência do amor incondicional a Deus e do amor mútuo entre os homens, o mundo pode encontrar a paz. Esta é a mensagem que Deus nos traz por meio dos autores bíblicos: viver pelo Amor e para o Amor.
Jesus é o caminho para encontrarmos a felicidade de vivermos em paz. Sendo Ele Deus, é Amor. É trilhando a estrada segura do Amor Verdadeiro que encontramos o real sentido de viver.
Em cada trecho bíblico nos deparamos com o legado deixado como herança para a humanidade por Deus, que se fez homem e habitou entre nós e que pôde perceber com seu próprio coração a capacidade que temos de amar. É a Palavra de Deus que nos ensina o Amor como a fonte de vida e salvação.
No Livro Sagrado é onde encontramos a voz do Pai guiando seus filhos à Morada Eterna por meio de uma vivência baseada no amor e cabe a cada um de nós deixarmos que Deus direcione nossa vida ao Reino Celeste por meio de sua Palavra.

“A Igreja sempre venerou as divinas Escrituras da mesma forma como o próprio Corpo do Senhor: ambos alimentam e dirigem toda vida cristã.” (§ 141 CIC)

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Bíblia: Palavra verdadeira de Deus!




Tantas vezes nós questionamos sobre a veracidade da Bíblia como Palavra de Deus, uma vez que foi escrita por homens de diversas épocas e culturas, certamente pecadores como todos os outros.
Diante disto, é preciso entender o que levou aqueles homens a documentar em seus livros tantos acontecimentos que influenciaram a vida do seu povo.
O autor Bíblico deixa-se conduzir pela sabedoria do Espírito Santo de Deus e coloca seus dons à disposição do Criador.
Como uma ave lançando-se ao vôo sabendo a direção a tomar, mas sem prever os ventos que irão guiá-la, nem os galhos onde irá repousar, assim também o escritor dos Livros Sagrados inicia sua obra com a intenção de falar de Deus para seu povo pelos acontecimentos que experimentou. E quando toma a decisão de se colocar à disposição de Deus se entregando ao serviço da Evangelização, é O Próprio Deus que o conduz.
O momento dedicado à escrita é semelhante ao bater de asas do pássaro, é a atitude do autor que se abandona como um instrumento de Deus para o anúncio do bem. É a vontade pessoal, mas os detalhes do vôo são dados pelo vento, forte ou suave, brisa ou tempestade. São as correntes de ar que conduzem as asas pelo azul do infinito do céu da mesma forma que a eterna sabedoria do Espírito Santo conduz os pensamentos e a mão do autor que escreve de Deus com o coração puro.
Por meio de simbologias e expressões próprias dos povos, cada livro vai se moldando para melhor compreensão das pessoas em suas respectivas épocas e regiões. É simplicidade e vivência popular, é experiência de vida e principalmente, é inspiração Divina.
Semelhante ao profeta que entrega sua voz a Deus, o autor Bíblico entrega cada palavra escrita ao Pai e o Senhor o honra com o discernimento e a sabedoria necessária para cumprir sua missão de Evangelizar.
É preciso lembrar que nenhum dos autores Bíblicos poderia imaginar a dimensão a qual tomaria sua obra, que perduraria por tantos séculos ainda Evangelizando depois de tanto tempo, mas ao Pai que pertence toda ciência, isso já não era oculto.
Aqueles homens escreveram naquela época para tocar seu povo, mas Deus tinha um plano mais grandioso para suas obras e inspirou-lhes a escrever para levar as mensagens do Criador ao longo dos séculos, por diversos povos e nações.
Todos os livros Bíblicos formam uma só Obra Sagrada, escrita pelos homens, mas inspirada por Deus.
É O Próprio Deus que fala por meio de nós homens, para nossa salvação. É a mensagem Divina que deve perdurar até o fim dos tempos.

Vejamos o que diz o Catecismo da Igreja a respeito das Sagradas Escrituras:

“As Sagradas Escrituras contêm a Palavra de Deus e, por serem inspiradas, são verdadeiramente Palavra de Deus.” (§135 CIC)

A Palavra de Deus fala de Si Própria:

“Vós perscrutais as Escrituras, julgando encontrar nelas a vida eterna. Pois bem! São elas mesmas que dão testemunho de mim.” (Jo 5, 39)

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

A intercessão dos santos

A oração pelos irmãos e irmãs necessitados é muito comum na Bíblia, desde o Antigo Testamento, e continua sendo praticada com fervor. No entanto, podem os homens, mesmo após o término de sua peregrinação terrena, orar pelos pequeninos que lhes pedem sua intercessão?

“A intercessão dos santos. Pelo fato de os habitantes do céu estarem unidos mais intimidade com Cristo, consolidam com mais firmeza na santidade toda a Igreja. Eles não deixam de interceder por nós junto ao Pai, apresentando os méritos que alcançaram na terra pelo único mediador de Deus e dos homens, Cristo Jesus. Por seguinte, pela fraterna solicitude deles, a nossa fraqueza recebe o mais valioso auxilio.” ( LG 49) – Catecismo da Igreja Católica.

Diante Daquele que é O Todo-Poderoso, os bravos que se banharam no sangue do Cordeiro Imolado recebem o direito de com Ele falar, de se expressar diante de Deus (Ap 6,9). Se assim não fosse, haveria algo errado em Sua Misericórdia Infinita ou em Seu Imutável Amor. Que Deus egoísta seria este que não recebe em sua Presença sequer aqueles que viveram (e morreram) por Seu Santo Nome? Seria o mesmo Deus que enviou seu próprio Filho para que os homens alcançassem a salvação, o Reino dos Céus? Que Rei seria este que não houve seus mais leais servos?
Deus é Amor, não vê aqueles que batalham por Seu Reino como servos, mas como amigos, e um amigo está sempre disposto a ouvir o que o outro tem a dizer, mesmo entre nós homens pecadores e imperfeitos como somos, quanto mais Deus, na plenitude perfeita de Sua Divindade.
Recebemos a graça de não perdermos nossa individualidade mesmo após a morte, como é visto no episódio da Transfiguração de Jesus (Mt 17), quando Moisés e Elias aparecem diante de Jesus. Também cremos que aqueles que abraçaram a luta pela santidade, que decidiram doar suas vidas por Jesus, estarão na presença de Deus (I Tes 3,13-14).
Aquele cujo amor pelos irmãos é tão grande que não termina com o fim de sua peregrinação terrestre, apresenta-se diante da Divina Misericórdia de Deus em nosso favor, seja pedindo conforto em nossas aflições, seja louvando conosco pelas conquistas, assim como fizeram Onias e Jeremias rezando pela vitória dos judeus diante de seus inimigos (II Mac 15,10-16).
Finalmente, é o próprio Cristo que ensinando por meio de uma de suas parábolas ( Lc 16,19-31) mostra o homem rico que, sofrendo nos tormentos do inferno, implora pela compaixão do Pai Abraão e pede pela ajuda de Lázaro.
Tenhamos a certeza de que os Santos, além de serem cristãos exemplares que merecem nosso respeito, também intercedem por nós junto a Deus Pai, se compadecem por nossos sofrimentos e se rejubilam com nossa alegria.

“Passarei o meu céu fazendo o bem sobre a Terra.” (S. Terezinha do Menino Jesus)


_ Saudades Celso Rodrigo, certamente agora está junto com todos os santos intercedendo por nós.